Orquestra Barroca do Amazonas

A Orquestra Barroca do Amazonas (OBA) nasce como conseqüência de um projeto de investigação científica desenvolvido pelo Laboratório de Musicologia e História Cultural da Universidade do Estado do Amazonas, que recebeu apoio financeiro da FAPEAM (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas) para restauração documental de partituras do patrimônio luso-brasileiro.   
Interessados nesse repertório inédito, músicos que trabalham ou se formaram na instituição decidiram formar a Orquestra Barroca do Amazonas, para divulgar o resultado de tais pesquisas, aliando assim excelência científica, artística e ineditismo. 
Para isso a OBA usa cópias fieis de instrumentos do século XVIII, que, ao lado de leitura adequada das fontes musicais, possibilitam uma interpretação historicamente inspirada. 
A par disso, a OBA passou a interpretar os grandes nomes do período barroco e clássico, como Vivaldi, Bach, Mozart, dentre outros, e a receber  participação de músicos convidados de reputação internacional, como Michel Bellavance (Suiça), Pilar Montoya (Espanha), Ricardo Bernardes (Portugal / USA), Mário Marques Trilha (Portugal), etc. 
Em 2009, o grupo foi convidado pelo SESC a viajar em turnê por diversas capitais da Amazônia Legal, deslocando-se a Boa Vista (RR), Rio Branco (AC), Palmas (TO), Porto Velho (RO) e Teresina (PI) onde fez concertos para centenas de pessoas. 
No fim de 2008, esteve em Belém para executar no Theatro da Paz a p r e m i è r e em tempos modernos da ópera E z i o do célebre autor italiano Niccolo Jommelli (1714-1774), obra restaurada na UEA, apresentação repetida no Teatro Amazonas em março de 2009.

A OBA e seus solistas realizaram também em 2009 a estréia moderna brasileira da mais antiga ópera em língua portuguesa a ter sobrevivido aos nossos dias: G u e r r a s d o A l e c r i m e M a n g e r o n a (1737), de Antônio Teixeira e Antônio José da Silva, o Judeu. A apresentação motivou a sua participação no XIV Festival Amazonas de Ópera, cuja encenação teve lugar em abril de 2010. 
A OBA já fez dezenas de concertos não só em Manaus, mas no resto do Brasil e no exterior, passando a ser chamada de Amazonas Baroque Ensemble pela imprensa internacional. 
Desde 2010 se apresenta regularmente na Europa: na Itália (Turim, Gênova, Chivasso, San Maurizio), na Espanha (Salamanca) e em Portugal (Lisboa), se apresentando em espaços históricos (Palazo Arzobispal Fonseca; Basílica di Superga, Palácio Foz, etc) e em festivais como Almisonis Melos, Invaghite Note, Kalendamaya - festivale di cultura e musica antica, Musica a Camogli, etc. 
Em 2013 lança seu primeiro cd, pelo selo Numérica Europa, intitulado Dei Due Mondi, com distribuição mundial pela Amazon (Amazon.co.uk), Fnac (Fnac.pt) e iTunes, colhendo críticas positivas de revistas especializadas como Early Music America (Estados Unidos), a maior revista americana do gênero, e periódicos de grande circulação como o Público (Lisboa).